Você já quis largar tudo e ir viajar?

Todo mundo passa por momentos de dúvidas.

Como boa Libriana que sou, eu pondero milhares de vezes as minhas possibilidades de resultados até tomar minha decisão.

Foi assim quando em 2015 eu decidi largar a faculdade de moda e ir viajar.

Não é o tipo de decisão que as pessoas costumam apoiar. Até porque vivemos em uma sociedade que preza por uma falsa promessa de estabilidade.

Mas o que eu aprendi e continuo aprendendo é sobre a instabilidade natural da vida.

Eu não estava feliz naquela rotina de estágio durante o dia e faculdade na parte da noite. Todos os dias nos trajetos de ida e volta eu me perguntava:

"Será que a vida é só isso? Não é possível…"

Lá no fundo eu sempre soube que algo iria acontecer e mudar completamente a minha vida. Eu achava que seria ganhar na mega sena ou algo do tipo ( kkk ), mas o meu prêmio na verdade foi o dinheiro de um processo que saiu exatamente quando eu precisava me decidir.

Eu vivia em um relacionamento tóxico na época, mas o que eu enxergo agora é que todos os meus vínculos eram tóxicos de alguma maneira.

Isso acontecia porque minha voz interior ainda era muito baixa, eu nunca tinha escutado a palavra "Autoconhecimento", eu só seguia padrões e expectativas externas.

Quando aquele dinheiro saiu eu tinha duas opções:

Fazer uma cirurgia plástica ou fazer um intercâmbio.

Eu só tinha ido pra Disney aos 16 anos e com uma Lua de Casa 9 ( vibe Sagitariana ) meu coração pulsava - e ainda pulsa - por conhecer o mundo.

Eu olhei ao meu redor e entendi que a minha vida estava longe de estar sendo vivida de verdade. Eu merecia mais.

E era pra ser. Naquele mesmo dia falei com uma amiga que estava se programando para o intercâmbio dele e perguntei: "Decidiu pra onde você vai? Quanto você vai pagar?"

E ela me respondeu:

"Vou pra Malta estudar inglês! É uma ilhazinha linda embaixo da Itália. Vou pagar 6 mil reais."

E pasmem:

ERA EXATAMENTE A GRANA QUE EU TINHA!

Essa foi a primeira vez que decidi tacar o fod*-se pra tudo e viver pelo que fazia meu coração vibrar.

Em 6 meses eu estava embarcando sozinha para a maior aventura da minha vida até então.

Consigo lembrar como se fosse hoje do sentimento de presença que a gente só sente quando está alinhada com a verdade da nossa essência.

Foram 2 meses incríveis em Malta que eu guardo comigo pra sempre!

Mas aí a grana estava quase acabando e meu período na Europa era de apenas 90 dias como brasileira.

Minha amiga Júlia que viveu isso tudo comigo me disse que tinha uma oportunidade de emprego pra gente em Reggio Calabria, no Sul da Itália.

Resolvi que esse era o próximo passo diante das minhas possibilidades, mas aí já é outra história!

Até aqui o meu maior aprendizado estava relacionado ao encontro de outra Mirra.

Eu saí da minha zona de conforto, me joguei sozinha no mundo e até então eu fazia tudo acompanhada como uma Libriana carente! Rs

Conheci pessoas do mundo todo que não tinham uma opinião prévia sobre mim e descobri que eu era muito mais do que a Mirra que meus amigos de sempre e minha família estavam acostumados.

Esse foi o meu primeiro salto de autoconhecimento que só foi possível porque eu já estava fazendo terapia a quase um ano.

A terapia resgatou meu poder de escolha, Malta resgatou a possibilidade de ser mais do que eu achava que era capaz.

Por isso, como exercício de autoconhecimento eu te convido a refletir sobre o que você faria e quem você seria se estivesse sozinha longe de tudo e todos que você conhece.

Tira um tempo para meditar sobre isso, todas as respostas já habitam dentro de nós.

Se precisar de uma ajudinha nessa meditação, fica aqui uma meditação guiada bem legal minha com produção de áudio do Dani ( meu marido, sócio de diretor de áudio <3 ):

Clica aqui pra meditar comigo!

Depois me conta lá no direct suas reflexões!